segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Eletrocardiograma (ECG)





O eletrocardiograma (ECG) é o registro dos fenômenos elétricos que se originam durante a ativdade cardíaca por um aparelho chamado eletrocardiògrafo. Este aparelho é um galvanômetro que mede pequena intensidades de corrente que são capitadas por 2 eletrodos colocados em determinados pontos do corpo humano, auxiliando a diagnósticar varias cardiopatias e disturbios hidroeletrolíticos.
As informações são registradas em um papel quadriculado e dividido em quadrados pequenos de 1mm. Ah cada 5 quadrinhos na horizontal e na vertical  correspondem a 1 quadrado maior. no eixo horizontal, marca-se o tempo. o registro é ralizado em uma velocidad de 25 mm/seg, cada quadinho vale 0,04seg. então cada quadrado grande corresponde a 0,2 seg. O eixo vertical e marcado a voltagem,, cada quadrinho equivale a 0.1mVolt,, cada 10 quadradinho equivalem a 1mVolt.


O coração

Para compreender o funcionamento do ECG é necessarío conhecer a fisiologia do coração.
O coração é formado por 3 tipos de músculos: o músculo atrial, o músculo ventricular e as fibras musculares excitatorias e condutoras. No musculo atrial e ventricular a duração de contração é maior que nas fibras excitatórias e condutoras. As fibras musculares cardíacas possum discos , que na verdade são membranas que delimitam a célula, interpostos entre cada fibra. estes discos têm uma resistência elétrica muito pequena, permitindo que um potencial de ação percorra livremente estre as ^cèlulas do coração. as células cardíacas sofrem processos de polarização e despolarização, denominados potencial de ação e potencial de repouso.
O potencial de repouso acontece quando não se tem mais sinais nervosos transmitidos. Esse potencial tem um valor de cerca de –90mv no interior da célula. No potencial de ação ocorre o processo inverso, os impulsos nervosos são transmitidos através de uma rápida variação de potencial de repouso, isto é, do potencial de negativo para o potencial de positivo, com isso a membrana muda sua polaridade e depois volta ao normal.


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Noções de Eletrofisiologia:

A célula miocárdica em repouso (polarizada) tem elevada concentração de potássio, e apresenta-se negativa em relação ao meio externo que tem elevada concentração de sódio. À medida que se propaga a ativação celular, ocorrem trocas iônicas e há uma tendência progressiva da célula a ser positiva, enquanto que o meio extracelular ficará gradativamente negativo. A célula totalmente despolarizada
fica com sua polaridade invertida. A repolarização fará com que a célula volte às condições basais.
Uma onda progressiva de despolarização pode ser considerada como onda móvel de cargas positivas. Assim, quando a onda positiva de despolarização move-se em direção a um eletrodo na pele (eletrodo positivo), registra-se no ECG uma deflexão positiva (para cima). Por outro lado, quando a onda tiver sentido contrário, ou seja, quando a onda de despolarização vai se afastando do eletrodo, tem-se uma
deflexão negativa no ECG. Quando não ocorre nenhuma atividade elétrica, a linha fica isoelétrica, ou seja, nem positiva nem negativa. 
O nódulo sinusal localizado no átrio direito é a origem do estimulo de despolarização cardíaca. Quando o impulso elétrico se difunde em ambos os átrios, de forma concêntrica, em todas as direções, produz a onda P no ECG. Assim, a onda P representa a atividade elétrica sendo captada pelos eletrodos exploradores sensitivos cutâneos e, à medida que essa onda de despolarização passa através dos átrios, produz uma onda de contração atrial.
A seguir, a onda de despolarização dirige-se ao nódulo atrioventricular (AV), onde ocorre uma pausa de 1/10 de segundo, antes do impulso estimular verdadeiramente o nódulo, o que permite que o sangue entre nos ventrículos. Este intervalo no gráfico é representado pelo segmento P-R.
Após essa pausa, o impulso alcança o nódulo AV, que é um retransmissor do impulso elétrico para os ventrículos, através do “feixe de His”, com seus ramos direito e esquerdo, e das “fibras de Purkinje”, tendo como conseqüência a contração dos ventrículos. Essa despolarização ventricular forma várias ondas, chamada de “complexo QRS”.



Existe uma pausa após o complexo QRS, representado pelo segmento ST, de grande importância na identificação de isquemias e, após essa pausa, ocorre a repolarização do ventrículo e, consequentemente, relaxamento ventricular, formando a onda T. A repolarização atrial não tem expressão eletrocardiográfica, pois está mascarada sob a despolarização ventricular que, eletricamente, tem uma voltagem maior em relação à outra.


Onda P – Despolarização Atrial

Intervalo P-R – Intervalo de Tempo, começo da despolarização atrial até começo da despolarização ventricular

Complexo Ventricular QRS – Despolarização dos Ventrículos

Onda Q – Despolarização Septal (Deflexão P/A Baixo)

Onda R – Despolarização Ventricular (Deflexão P/A Cima)

Onda S – 1ª Deflexão Negativa seguinte a onda R. Despolarização da região basal posterior do ventrículo E.

Onda T – Repolarização dos Ventrículos.

Segmento S-T – Período de inatividade elétrica depois do miocardio estar despolarizado.

Onda U – Segue a onda T originada pelos potenciais tardios do início da diástole.

Intervalo Q-T – Tempo necessário para despolarização e repolarização dos ventrículos.

Derivações Eletrocardiográficas (ECG padrão):

A idéia básica é observar o coração em diferentes ângulos, ou seja, cada  derivação, representado por um par de eletrodos (um positivo e um negativo), registra uma vista diferente da mesma atividade cardíaca. As derivações podem ser definidas de acordo com a posição dos eletrodos (chamados eletrodos exploradores) no plano frontal (formando as derivações periféricas – bipolares ou unipolares) e no plano horizontal (formando as derivações precordiais, unipolares).

Derivações no Plano Frontal (periféricas): Medem a diferença de potencial entre os membros (bipolares) ou entre certas partes do corpo e o coração (unipolares). Coloca-se um eletrodo em cada braço (direito/esquerdo) e um na perna esquerda, formando um triangulo (conhecdo como triângulo de Einthoven). Na perna direita coloca-se o fio terra, para estabilizar o traçado. Deslocam-se as três linhas de
referência, cruzando com precisão o tórax (coração) e obtém-se uma intersecção, formando as derivações bipolares D1, D2 e D3. Em seguida, acrescentam-se outras três linhas de referência nesta intersecção, com ângulos de 30 graus entre si e obtém-se as derivações unipolares dos membros aVR (direita), aVL (esquerda) e aVF (pé).
Nas derivações aVR, aVL e aVF os eletrodos negativos são todos os outros exploradores que se dirigem para um fio terra comum.


Derivações no Plano Horizontal (precordiais): São as derivações V1,V2,V3,V4,V5 e V6. Medem a diferença de potencial entre o tórax e o centro elétrico do coração (nódulo AV), e vão desde V1, (4º espaço intercostal, na linha paraesternal direita) a V6, no 5º espaço intercostal, na linha axilar média esquerda. Em todas essas derivações, considera-se positivo o eletrodo explorador colocado nas seis posições diferentes sobre o tórax, sendo o pólo negativo situado no dorso do indivíduo, por meio da projeção das derivações a partir do nódulo AV.




ANÁLISE DO TRAÇADO

Freqüência Cardíaca

A) Métodos para sua determinação:
1º método: Fixa-se um complexo QRS em uma linha escura (divisa entre blocos de 5 quadradinhos). A seguir, conte as três linhas escuras que se seguem imediatamente, conhecidas como “300, 150, 100” e as próximas três linhas escuras: “70, 60, 50”. Se o segundo QRS cair na 2ª linha escura o individuo está com a FC de 300 bpm, Se coincidir na 3ª = 150, se bater na 4ª é 75, 5ª é 60, a 6ª é 50.
2° método: Divide-se 1500 pela soma dos quadradinhos de distância entre um e outro QRS.



B) Observar se há freqüências atrial (onda P) e ventricular (QRS) distintas;

C) Ritmo

D) Ritmos próprios – provocados por marca-passos ectópicos.

RITMO
 
Para a determinação do ritmo cardíaco é fundamental a observação da onda P. Ela define se o ritmo é sinusal ou se é conseqüente a focos ectópicos. Além disso, deve-se medir sempre o intervalo P-R e o complexo QRS. Apesar do nódulo sinoatrial ser o marca-passo do coração, qualquer outra área do sistema de condução ou do miocárdio pode assumir o comando, temporariamente ou definitivamente, provocando arritmias. 
A) Ritmo Sinusal: caracteriza-se pela existência de uma seqüência ritmada de ciclos cardíacos entre 60 e 100 bpm.
B) Arritmias: as arritmias podem ser divididas em quatro grandes categorias gerais: Ritmo variável, batimentos suplementares e pausas, ritmo rápido e bloqueios cardíacos.

Ritmo Variável

Arritmia Sinusal: Verifica-se a existência de ondas P idênticas no traçado, demonstrando que o inicio do foco é no átrio, precisamente no nódulo sinusal, porém em ritmos diferenciados. Pode indicar doença coronariana.
Marcapasso migratório (errante): Caracteriza-se por ondas P de forma variável, demonstrando que o início do foco é no átrio, porém não precisamente no nódulo sinusal. É um ritmo causado por diferentes posições do comando.
Fibrilação atrial: Apresenta um desenho todo arrepiado, cheio de ondas P minúsculas, causadas pela descarga de focos atriais múltiplos. Não há um impulso que despolarize os átrios de maneira completa, e somente por acaso um impulso atravessa o nódulo AV e de forma arrítmica. 
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