É um dos métodos mais simples e fácil de aplicar, com um custo baixo, pode-se avaliar o grau de limitação funcional. O TC6 é considerado como um teste submáximo que tem a finalidade de avaliar a tolerância aos esforços físicos em pacientes com patologias respiratorias e pacientes que apresentam algum tipo de cardiopatias.
O teste consiste de uma caminhada na qual o paciente é orientado a percorrer a maior distância possível por um período de seis minutos, com incentivo padronizado a cada minuto pelo terapeuta. O paciente é acompanhado pelo fisioterapeuta durante os seis minutos, com monitorização contínua, porém é registrados os valores de FC, Sp02 e sensação subjetiva de dispnéia no repouso. Lembrando que o paciente que dita o ritmo da caminhada, é recomendado que o fisioterapeuta fique atrás do paciente.
Antes do inicio do teste, os procedimentos para sua realização deverão ser explicados ao paciente. Assim como a utilização da escala de Borg. É importante que não fique duvidas.
O teste deve ser realizado em um corredor plano de 30 metros de comprimento demarcados a cada 3 metros. Antes de iniciar o teste deve ser aferidos os sinais vitais como PAS, PAD, FC e Sp02 e a sensação subjetiva de dispnéia.
Os pacientes devem ser orientados a fazer uma refeição leve cerca de duas horas antes do teste e não realizar exercício vigoroso nas últimas 24 horas precedentes ao teste, além de realizar o teste com roupas e sapatos confortáveis.
Procedimento:
1. Com o paciente sentado verificar os seguintes parâmetros: saturação de oxigênio, pressão arterial, freqüência cardíaca e freqüência respiratória.
2. O paciente deve ser posicionado ao início do corredor e as orientações abaixo descritas, devem ser dadas:
•O paciente deverá caminhar o mais rápido que conseguir, entretanto não deverá superestimar sua capacidade física;
•O terapeuta irá permanecer ao lado do paciente durante todo o teste, e irá acompanhar a velocidade do paciente e não o contrário;
•O paciente irá permanecer durante todo o teste com o oxímetro de pulso;
•Ao fim do corredor o paciente irá contornar o terapeuta e não o contrário.
3. Após o esclarecimento das dúvidas o teste pode começar. É importante que um segundo terapeuta participe da execução do teste. Este segundo terapeuta ficará responsável pela cronometragem do tempo de execução do teste, pela anotação da distância que está sendo percorrida e dos parâmetros que devem ser coletados no terceiro minuto do teste, ou seja, saturação de oxigênio e freqüência cardíaca.
4. Ao final dos 6 minutos o terapeuta que está cronometrando o teste, deverá dar um sinal para sua interrupção. Imediatamente após a interrupção do teste deverão ser mensurados os seguintes parâmetros: pressão arterial, freqüência cardíaca, saturação de oxigênio, freqüência respiratória e escala de Borg continuar aferindo os parâmetros após 2º, 4º e o 6º minuto de repouso.
OBS: Caso o paciente relate muito cansaço ou apresente sinais e sintomas o teste deverá ser interrompido. Caso seja possível o teste poderá continuar, entretanto, durante a interrupção o tempo continuará a ser cronometrado.
Os parâmetros verificados durante todo o teste devem ser anotados, assim como a distância percorrida em metros. As formulas abaixo representam uma estimativa da distância ideal de cada paciente e o limite inferior de normalidade:
Homens
DC6m = (7,57 x altura,cm) – (5,02 x idade,anos) – 1,76 x peso,Kg – 309m
Limite inferior de normalidade = -153m
Mulheres
DC6m = (2,11 x altura,cm) – (2,29 x peso,Kg) – (5,78 x idade,anos) + 667m
Limite inferior de normalidade = - 139m
Principais sinais e sintomas sugestivos de doença cardiopulmonar:
_Dor, desconforto (ou outro equivalente anginal) no tórax, pescoço, mandíbula, braços, ou outras áreas que possam ser natureza isquêmica
_ Encurtamento da respiração em repouso ou com esforço brando
_ Tontura ou síncope
_ Ortopnéia ou dispnéia noturna paroxística
_ Edema de tornozelo
_ Palpitações ou taquicardia
_ Claudicação intermitente
_ Murmúrio cardíaco conhecido
_ Fadiga incomum ou encurtamento da respiração com atividades usuais
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